Os fornos que ainda sobrevivem constituem uma valiosa memória dos tempos em que a aldeia tinha vida.
Dois testemunhos sobre os fornos da região e o seu uso:
"Dentro dos muros das casa mais abastadas ficava ainda o forno de cozer o pão de milho ou de centeio. O forno levava em geral 20 broas ou mais, a parte superior era arredondada e a parte de baixo, o lar, era de barro; o forno era feito de barro e pedra molar." - "Monografia do concelho de Castanheira de Pera", Kalidás Barreto, Câmara Municipal de Castanheira de Pera, 2.ª ed., 2004.
"Na 'casa do forno', geralmente fora do espaço da casa de habitação, como o nome indica, fabricava-se, com todo o ritual e muito requinte, a broa de milho a que se misturava o centeio, ambos os cereais cultivados na região e moídos num ou noutro moinho particular como no do Joaquim Cinco Réis, na Fonte Velha, ou nos da Casa Lucas na Foz da Silveira e na Fonte Velha; ou no da Tia Gertrudes, na Assenha (Azenha) ou ainda no dos Priores, no Moinho Velho que, por ser a única construção ali existente, deu nome ao lugar; outros, ainda, eram explorados por moleiros de profissão, como os da Machuca, os de Vale Salgueiro (Entre-Águas) e os do Moinho Novo." (- "Memórias de Trás da Serra", José Lucas Pedro, ed. Autor, 2009.
Para além da interessante arquitectura dos fornos de Peralcovo, é de notar a grande variedade na sua implantação.
Forno situado no piso superior da habitação ("sobrado"):
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