segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Castanheira de Pera – Kalidás Barreto lança novo livro


Através do blogue Tertúlia do Pinhal (http://tertuliadopinhal.blogspot.com) tivemos conhecimento do lançamento de novo livro de Kalidás Barreto, distinto filho da região.

O livro intitula-se “"Os trabalhadores laneiros no distrito de Leiria" e aborda a origens históricas da tradição têxtil na região e a organização e lutas do movimento operário associado à indústria dos têxteis.

Ainda do blogue “Tertúlia do Pinhal” transcreve-se entrevista que Kalidás Barreto deu ao Blogue “Castanheira de Pêra em Notícia” aquando do lançamento dessa obra:

Blog Castanheira de Pêra em Noticia (BCPN): O que retrata este livro?
Kalidás Barreto (KB): Este livro resulta da investigação que deu origem a um outro livro que escrevi só sobre Castanheira de Pêra, das lutas sindicais ao longo dos anos, associadas à indústria dos têxteis. Neste trabalho quis circunscrever-me ao período até ao 25 de Abril. Porque a partir de determinada altura sou protagonista e ser protagonista e autor é complicado. Já tive essa dificuldade quando escrevi a monografia de Castanheira de Pêra.

BCPN: O que explica a tradição têxtil em Castanheira de Pêra?
KB: É uma terra de serra, onde toda a gente sabia tosquiar e fiar, mas cada um fazia-o em sua casa. O livro aborda as origens históricas, o desenvolvimento e algumas situações curiosas. É uma história interessante, que gostei de investigar e ver, e sobretudo realçar a luta do movimento operário. Em condições de isolamento, aquela gente soube dar vida e criar umas primeiras associações operárias do distrito. Este opúsculo é ainda valorizado por um conjunto de fotografias de José Luís Jorge, feitas a partir de uma indústria florescente a partir no século XIX.
BCPN: Como vê a crise e o quase desaparecimento dos têxteis em Castanheira de Pêra?
KB: Com nostalgia, mas é preciso ter esperança. Há duas fábricas que permanecem com grande vontade, mas com dificuldades em virtude da concorrência externa. Este livro é também um testemunho, porque os jovens precisam de ter memória. É preciso não esquecer a vontade que aquelas pessoas tiveram todas e quanto foi difícil chegar onde se chegou.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Roteiro de Peralcovo

Na passada semana cruzei-me em Peralcovo com um grupo de 4 simpáticos jovens com familiares em Alge que procuravam a Capela.

A pensar nos turistas que, especialmente neste período, visitam Peralcovo, fiz um esboço de Roteiro com 9 ou 10 locais que me parecem de não perder.

Prometo procurar melhorar e completar este esboço de roteiro.

sábado, 22 de agosto de 2009

Banco de imagens locais da Biblioteca de Figueiró

Uma excelente iniciativa da Biblioteca Municipal de Figueiró dos Vinhos: a criação de um banco de imagens locais digital.

Com este projecto a Biblioteca de Figueiró ter-se-á tornado na primeira biblioteca pública de língua portuguesa a partilhar fotografias na Internet.

De Campelo constam neste momento 17 fotografias, bem como mais algumas de outras povoações da freguesia; de Peralcovo não existe ainda nenhuma foto.


Extraímos três fotografias de Campelo:


A igreja de Campelo


Vista panorâmica de Campelo

Construção do viveiro de trutas, 1969
O Banco de imagenms pode ser consultado em:

sábado, 15 de agosto de 2009

O Engenho da Machuca, Campelo

A freguesia de Campelo - lugar de Poço Negro, fronteiro a Entre Águas -, possuiu uma das primeiras unidades industriais de transformação de ferro de que há registos no país.

O Engenho ou Fábrica de Ferro da Machuca foi instalado em 1577 e funcionou até 1759, altura em que cessou a actividade por decreto real.

Encontrei referências a esta fábrica em dois livros. A "Monografia do Concelho de Figueiró dos Vinhos" - GASPAR, Jorge; GOMES, Heitor; VICENTE, Ana Cláudia; VIEIRA, Sónia (2004). Edição da Câmara Municipal de Figueiró dos Vinhos, Figueiró dos Vinhos:




O outro livro é "Figueiró dos Vinhos Terra de Sonho" - MEDEIROS, Carlos (2002). Edição da Câmara Municipal de Figueiró dos Vinhos, Figueiró dos Vinhos.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Tumultos populares em Figueiró dos Vinhos (1864)

Numa leitura rápida da "Monografia do Concelho de Figueiró dos Vinhos" (que veremos melhor oportunamente) identifiquei um artigo da revista "História" n.º 84, de Outubro de 1985, que aborda uma revolta popular em Figueiró dos Vinhos no ano de 1864.

Essa acção popular teve por motivo o pagamento dos impostos, dirigindo-se "contra as prepotências tributárias do município". A revolta teve início no dia 1 de Maio de 1864 e durou pelo menos até ao mês de Julho.

Esta história é muito interessante, até porque desmitifica uma certa imagem de conservadorismo que acaba por passar sobre o interior beirão; o povo do concelho de Figueiró dos Vinhos demonstrou na altura ter dignidade e querer e saber lutar contra as "prepotências". Uma lição para os prepotentes (nacionais, mas também municipais) de hoje?

Vale a pena ler o artigo: