domingo, 17 de fevereiro de 2013

Etiquetas para malas de viagem

Há mais de 50 anos o transporte de objectos e "encomendas" para Peralcovo era efectuado em cestos e em malas que pouco terão a ver com as de hoje.

A necessária identificação desses recipientes não era efectuada como hoje - etiquetas em papel inseridas numa bolsa de plástico, materiais parcos na altura -, mas sim através de placas em madeira como as que apresentamos nas fotos abaixo.



As dimensões destas placas são de cerca de 110 x 45 mm.






quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Natalina

Natalina da Piedade Martins foi a última habitante permanente de Peralcovo.

Há já alguns anos residente no Lar da Misericórdia de Figueiró dos Vinhos, Natalina mantém, felizmente, os seus76 anos com um bom estado de saúde e uma aparência invejável, como é comprovado pelas fotos seguintes:

 

 

Carnaval em Figueiró dos Vinhos

A sede do concelho foi animada este ano por várias festividades carnavalescas, entre as quais um corso.





















Algumas fotos:

Temporal de 19 de Janeiro em Peralcovo

O temporal do passado dia 19 de Janeiro deixou marcas em Peralcovo.

O vento forte não só provocou a queda de muitas árvores, mas afectou também o abastecimento de energia eléctrica à povoação.

Nos dias seguintes ao temporal a EDP instalou um gerador de emergência, que garantiu o fornecimento da energia até à reposição da rede eléctrica para as habitações.

Contudo, falta ainda restabelecer a iluminação pública - a povoação está literalmente às escuras logo que anoitece. A razão será apenas um poste quebrado ao cimo da povoação, situação que se mantém, não obstante as insistências (nomeadamente pela família Reis) que vêm sendo feitas junto da EDP para a resolução da situação.

Algumas fotos da devastação na vegetação:




 E o tal poste de luminação pública quebrado:


 
 

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Cortiços - os "sevinos"

Ontem mesmo, por uma daquelas inéditas coincidências, nas Finanças de Figueiró dos Vinhos conheci uma prima com raízes de Peralcovo e a sua simpática família.

Interessada na preservação da história e do património da nossa região, de entre vários objectos que guarda carinhosamente, ofereceu-me alguns daqueles pregos que se usavam nos cortiços:

 Descobri agora que se chamarão "sevinos" - no blogue http://montedomel.blogspot.pt/ é descrita a construção dos cortiços:

Nos descortiçamentos, quando surgia um caneiro mais redondo e de boa cortiça, fruto de arvore saudável, e de tirador experiente, era de imediato posto de lado, e até escondido, não fosse o proprietário da terra discordar.
Eram assim obtidas algumas pranchas de cortiça, e guardadas até à Primavera seguinte, onde albergariam algum enxame.
Nos tempos livres, o mestre abelheiro, normalmente detentor de alguma arte para manusear este tipo de materiais, cortava e “aparelhava” o caneiro de cortiça, de modo a dar-lhe a forma indicada. Era então necessário unir os bordos, para lhe dar a forma cilíndrica e tornar a construção mais estável. Esta etapa não era decerto fácil, pois a disponibilidade de pregos ou arames não era muita, usavam-se então “sevinos”, vulgo, pregos em madeira de esteva, que fixavam a cortiça.

De seguida, e de novo com cortiça, confeccionava-se o tampo, uma prancha redonda e plana resolvia o problema, sendo também fixa com os pregos de madeira. Faltam ainda as “trancas”, escoras feitas com duas varas de esteva, e cruzadas perpendicularmente no interior do cortiço, duas ou três trancas eram suficientes para escorar os favos.

Para finalizar, recortava-se a abertura por onde passariam as abelhas. Os apicultores mais metódicos teriam ainda o cuidado de “barrear”, todas as frestas e junções do cortiço com barro, e estava assim pronta a colmeia.